Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2013

A nudez do Pink Floyd por seu baterista Nick Mason

Inside Out é um olhar de quem realmente viveu a banda, é um olhar profundo e intrínseco do dono das baquetas de uma das bandas mais rentáveis da história do rock _________________________________________ O livro já foi publicado em países como Rússia, República Tcheca, Estados Unidos, Espanha, França, Hungria, Bulgária, Itália, Alemanha e Polônia. Aqui no Brasil, a publicação do livro coube à Editora Escritura, que não deixou a desejar aos fãs da banda. A história é contada por Nick Mason, o baterista da banda e que possui toda a autoridade e legitimidade para escrever sobre ela, já que ele é o único a ter participado de todas as formações da mesma. Para os pinkfloydmaníacos, o livro Inside Out,   narra a saga do grupo desde o seu primórdio nos idos de 1965, em Cambridge. A biografia tem início contando o encontro do baterista com aquele que seria o baixista da banda, ainda na faculdade de arquitetura de Londres e percorre mais de duas décadas de história transpassando

Promoção "Salve Jorge"

Ok. Com a onda da nova novela do horário nobre, o blog Papos Literários em parceria com Sá Editora resolveu sortear um exemplar do livro que conta a história de São Jorge da Capadócia. Lembro que a Sá Editora é especializada em publicar obras da literatura turca. O blog Papos Literários já resenhou " As preces são imutáveis ". O livro " O martírio e milagres de São Jorge da Capadócia" conta a história, os feitos e os milagres de Jorge, soldado da cavalaria romana, nascido em 275 na Capadócia, região da Anatólia, na Turquia atual, que devem sua disseminação original na Europa aos cruzados da Idade Média.Desde então, a fé inabalável de Jorge, seu combate implacável contra o dragão que representa a maldade e sua capacidade de superação viraram lenda que foi sendo contada e recontada, inspirando milhões de pessoas através dos tempos. Entre os inúmeros escritos religiosos que relatam a vida e passagens exemplares da vida do santo, este que aqui publicamos – p

HQ e História juntas para retratarem um dia alvoroçado em Porto Alegre

Quatro estrangeiros realizaram um assalto numa Casa de Câmbio numa das ruas mais movimentadas de Porto Alegre. Na fuga, pelas ruelas do Centro, cometem outros crimes e tumultuam o cotidiano da ainda pacata cidade, gerando disputas entre políticos e jornalistas da Capital.  Se você lesse este texto de abertura  por aí, juraria ser dos dias atuais. Mas não é.  O dia é 5 de setembro e o ano é 1911.  Cenário? A fria Porto Alegre. Pronto! Isso é o suficiente para o desenrolar de filme de ação, como de fato o foi adaptado para as telas 10 DIAS após o assalto. Parece estranho que ha um século ocorria assaltos em Bancos e hoje isso continua ocorrendo com tamanha naturalidade. O livro Tragédia da Rua da Praia ( Editora Libretos, 1ª Edição, 2011, 60 páginas, Ilustrações de Edgar Vasques, R$30,00 ) traz em formato de HQ (História em Quadrinhos) o que Rafael  Guimarães havia feito em 2005 em forma de livro jornalístico, só que dessa vez em colaboração com Edgar Vasques. Quando em 1911

[Cartas Famosas] De Joaquim para Joaquim.

Aos 65 anos de idade, Machado de Assis viu a partida da mulher que ele mais amou na vida, Carolina, sua esposa, morrera em 1904. O escritor mantinha uma amizade estreita com Joaquim Nabuco, que ficou eternizado por ter lutado a favor do abolicionismo e ter ajudado a fundar a Academia Brasileira de Letras. Foi com ele que Machado de Assis preencheu linhas e linhas escrevendo cartas e cartas desde a sua adolescência. Na seção das "Cartas Famosas" trago uma que ficou imensamente conhecida, já que foi escrita logo após a morte de Carolina. Comovente, sem as ironias machadianas, o que encontramos aqui é um Machado de Assis pungente, sensível e solitário... ________________________________________________ "Rio de Janeiro, 20 de novembro de 1904 Meu caro Nabuco, Tão longe, e em outro meio, chegou-lhe a notícia da minha grande desgraça, e você expressou a sua simpatia por um telegrama. A única palavra com que lhe agradeci é a mesma que ora lhe mando, não sabendo outra que

Poesia Nossa de Cada Dia - Luta + vã

Em "Luta + vã" Álvaro Santi faz dança com as palavras ______________________________________ Antes de mais nada, a antologia de poemas do autor gaúcho é um retorno incompleto ao que ele escreveu no passado, pois o livro Luta + vã ( Álvaro Santi, Editora Libretos, 1ª Edição, 2012, 128 páginas, R$ 15,00 ), cujo título foi propositalmente retirado de um velho poema conhecido de Drummond, é uma empreitada do escritor de reunir poemas inéditos e outros escritos no início da década de 90. Não conhecia a poesia do Álvaro Santi, mas deu pra perceber que é leve e doce. O organizador da antologia já anuncia no prefácio ser um livro onde a seleção dos poemas do escritor vai se estreitando com a divisa "make it new" feita por Ezra Pound. O escritor é um artesão que dá som aos versos. Talvez porque ele seja músico e isso influencia de certa forma a escrita dos seus versos. Escolhi o poema "Meio-dia" para fazer parte da coluna "Poesia Comentada" aq

Enfim uma antologia digna do meu Pessoa

O poeta português recebe uma primorosa edição com os seus principais poemas ____________________________________________ Sempre que as pessoas me perguntavam ou pediam uma sugestão para começarem a ler a obra do Fernando Pessoa, eu ficava mais pra lá do que pra cá. Tenho uma razão óbvia. Para não correr o risco de entregar nas mãos de um leitor principiante uma obra monumental, que é a obra do Pessoa, eu sempre hesito antes de indicar um livro dele para quem quer ingressar em sua extensa obra. Às vezes eu indicava aquele tomo da Editora Nova Fronteira, outras eu apontava as edições da Martin Claret. Mas muitas vezes eu ficava com peso na consciência, pois tais publicações deixam falhas no leitor iniciante.  Até que me cai nas mãos o livro Fernando Pessoa - Antologia Poética ( Editora Casa da Palavra, Organização de Cleonice Berardinelli, 2012, 1ª Edição, 336 páginas, R$ 42,90 ). Além de ser uma estudiosa especializada na obra do Pessoa, Cleonice, a organizadora da antologia,

Registro 0004 - Intempéries [por P.P.F. Simões]

Sem hipocrisia, o Registro desse mês é um dos mais líricos que já chegou até nós do blog Papos Literários. Não poderíamos começar o ano de 2013 com melhor Registro. Para confirmar que eu não estou blefando, confira o texto de autoria do escritor brasileiro  P.P.F. Simões. _______________________________________ " Acordei sonolento sob o som de garoas que avisavam, junto da visão assomada, observando pela janela aberta, de que, o dia inteiro seria chuvoso. Compassadamente, e religiosamente, segui à biblioteca municipal Cora Coralina, desde sempre, desde quando eu não sou capaz de lembrar o exato dia que comecei a frequentar essa biblioteca semanalmente, sem faltas, sem desculpas, sem procrastinações. De forma regular eu estava na biblioteca para pegar livros emprestados. Meus livros lidos passavam de Coleção Vaga-Lume, Monteiro Lobato, Júlio Verne e tantos outros que preenchem a zona de meu esquecimento. Nesse dia, chuvoso, da garoa constante que acompanhava às horas dessa jorn

O que faltava ao peixe é o que NÃO falta no livreto

76 páginas!  Nada mais.  Textos curtíssimos e censo de lirismo apurado fazem parte do livro  O que faltava ao peixe ( Editora Libretos, 1ª Edição, 2011, 76 páginas, Ilustrações de Aline Daka, R$23, 00 ). São 14 contos que mais parecem textos em prosa com linguagem poética, tamanha a sensibilidade da escritora em retratar coisas simples, tais como açúcar, caracol e claro, peixe. O livro é de um lirismo que ultrapassa as fronteiras de um prosador. Temas como velhice, solidão, infância e morte fazem parte das histórias, ora tristes, ora cheias de ternura, bem como a nossa vida, celebrada aqui com a simplicidade das historietas.  É assim com o primeiro conto do livro onde a moça que nunca arranjou marido quer filha e sonha, sonha muito. " Da pior ternura " já é um conto mais realista, mas nem por isso menos singelo. Mistura desenhos e a inocência de uma mulher que adora receber flores gardênia porque acha o nome bonito e escrever "Saudações" nas cartas que tece.

Queda de Gigantes - Um retrato colorido de um terço do Século XX

O aclamado escritor galês Ken Follet é autor da não menos famigerada saga Pilares da Terra e já se consagrou como um brilhante mestre na arte de mesclar História e ficção. __ ___________________________________________________________ Uma teia de aranha onde 5 famílias em partes diferentes do globo se entrelaçam. Junte-se a isto a análise dos acontecimentos que marcaram o século passado e você tem nas mãos o colossal livro Queda de Gigantes ( Editora Sextante, 2010,912 páginas, Tradução de Fernanda Abreu, R$ 59,90 )  o primeiro da Trilogia ' O Século' , de Ken Follet.  A Trilogia gira em torno dos três principais fatos ocorridos: a eclosão da Primeira Guerra Mundial, Segunda Guerra Mundial e Guerra Fria. Mas em meio a tantos livros que trazem a História como pano de fundo, o que esta trilogia tem de diferente? Pergunta um leitor desavisado. A resposta é enfática: o livro é contado pela ótica de um escritor meticuloso deixando o leitor deslumbrado com a reconst

Por que ler os clássicos? A defesa de vários autores

Mas por que mesmo esta minha obsessão de ler os clássicos? A partir da interrogação eu parti em busca de um livro que me explicasse a pergunta retórica. Foi aí que encontrei dois livros importantes: um do Ítalo Calvino e outro de Harold Bloom. Começarei expondo a defesa de Ít alo Calvino, uma das maiores autoridades quando o assunto é crítica literária:   Os clássicos são aqueles livros dos quais, em geral, se ouve dizer: "Estou relendo..." e nunca "Estou lendo..." Abaixo transcrevo alguns excertos do livro "Por Que Ler os Clássicos" de Ítalo Calvino. Quem leu tudo de Heródoto e de Tucídides levante a mão. E de Saint-Simon? E do cardeal de Retz? E também os grandes ciclos romanescos do Oitocentos são mais citados do que lidos.  Na França, se começa a ler Balzac na escola, e pelo nümero de edições em circulação, se diria que continuam a lê-lo mesmo depois. Mas na Itália, se fosse feita uma pesquisa, temo que Balzac apareceria nos últimos lugares. Os apai