Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2017

A pintura escrita de Londres por Virgínia Woolf

Mas antes que se diga que é um bom livro de crônicas, contos ou simplesmente "escritos", digo eu que fiquei chocado com alguns dados biográficos da autora que se encontram logo no prefácio do livro, preparado e escritor por Ivo Barroso. Pois é, o livro Cenas Londrinas é uma compilação de escritos produzidos no período de 1931-1932 e são apenas seis textos que aparentemente não guardam em comum só o estilo woolfiano, mas sobretudo a temática que une-os: LONDRES. E é sobre isso que falaremos agora; :D Mais conhecida pelos romances Mrs Dalloway, Orlando e As Ondas, por exemplo, do que pelas suas crônicas, a escritora, ainda assim, imprime nas crônicas deste livro as marcas de seu estilo, vide as inúmeras metáforas que ela faz ao descrever um barco, uma rua, uma casa ou uma árvore, como se pode conferir nestes trechos: "Os navios já não dispõem do espaço apropriado para esticar os membros. Jazem ali cativos, amarrados em terra firme como criaturas aladas

Sobre a tênue linha entre a animalidade e o Humano

  Compilação de artigos de um dos maiores filósofos da contemporaneidade, o livro O Aberto: O Homem e o Animal , ( Civilização Brasileira, 2017, 160 páginas, Giorgio Agamben*), esclarece e propõe práticas reflexiva8s sobre o limítrofe entre ser humano e ser animal. Não tão somente isso, mas sobretudo sobre o conceito de vida, questionando a sua produção, origem e destino. Para isso, Agamben parte de textos canônicos, como escritos teorizados por Benjamin, Heidegger e Bataille, por exemplo. Agamben vai além ao também tocar em pontos que envolvam outras áreas do conhecimento senão à filosofia, como direito, medicina, política e antropologia. Neste livro, Agamben incita-nos a repensar as relações que temos com nós mesmos, bem como a animalidade que habita o corpo humano, uma vez que o filósofo defenda a dualidade e propõe a reflexão que nós, seres humanos, somos diferentes dos animais por não sermos fechados e/ou aprisionados ao meio, mas sim abertos. Daí o título que o livr