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Mostrando postagens de janeiro, 2012

[Meus Versos] Soneto para um velho sábio Grego

Escarafunchando meus velhos papeis avulsos encontrei numa velha agenda (do tempo em que eu era secretário) na qual está escrito um poema datado em 11 de agosto de 2005, segundo o que está lá. E eu nem vou duvidar, naquela época eu era muito preciso nas datas. O soneto foi declamado em um concurso de poesia da minha Escola Maria Isaías, na época do terceirão. Não queria explicar, mas apenas vou dizer que a voz do poema é a do velho filósofo grego Sócrates. É como se ele estivesse falando a uma plateia. Visto que o concurso do qual falei foi realizado no DIA DO ESTUDANTE. Sem mais delongas, ei-lo. Confiram-no. SONETO PARA UM VELHO SÁBIO Meu poder não é maior que o de Zeus Minhas palavras, porém, são sábias Que grande futuro o resguarda Para todos os filhos seus. Há quem diga que vocês são futuro Pois digo mais: Futuro já são! Que buscam entender no obscuro! Heróis do saber! Orgulho da nação! Gênios. Homeros da atualidade! Ninfas e Amazonas da Educação Vossos apog

[Meus Versos] Metamorfose

Hoje vou publicar um poema que fiz em homenagem a um dos meus autores favoritos: o  escritor tcheco Franz Kafka, personalidade com a qual eu me identifico, sobretudo em sua obra maior ‘A Metamorfose’. Eu sou uma barata Eu acordei Certa manhã De sonhos intranquilos E fui processado Por sonhar demais Levaram-me Prenderam-me Em um quarto escuro Imundo... Satisfiz-me Com a companhia Da barata. Quando chegou o juízo final Condenaram-me... Incompreensível fiquei, Suponho que seja Por eu não ser humano Por metamorfosear-me Por parecer insano Por denunciar o mundo E suas mazelas Junto ao uso do homem. Uma máquina surgiu Obtive forças E escusei ajuda Morri garoto Morri sozinho Morri barata... Morri Kafka...

Curiosidades da Língua Portuguesa

Hoje não vou postar nenhum dos meus textos. Acho conveniente informar aqui algumas curiosidades da "Última flor do Lácio, inculta e bela" - A nossa Língua Portuguesa. Confiram: Curiosidades da Língua Portuguesa 1 - A maior palavra da Língua Portuguesa é a P neumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose . Ela tem ao todo 46 letras e denomina uma doença pulmonar onde a pessoa aspira cinzas vulcânicas. 2 - Piauiense é a palavra que reúne o maior número de vogais juntas numa só palavra formando um amálgama de encontros vocálicos. Este, normalmente contém duas vogais e pIAUIEnse reúne 5 delas repetindo i duas vezes. 3 - A frase " Socorram-me, subi no ônibus em Marrocos!" pode ser lida de trás pra frente sem perder o sentido original. 4 - Como sabemos, o plural de uma palavra em língua portuguesa é acrescido um S  em seu final, no entanto, no plural da palavra QUALQUER o plural é feito com um S no MEIO da palavra, ficando QUAISQUER. 5 - O substantivo

[Meus Versos] Encontro na Próxima Estação

Roupas repetidas Moda atrasada Passos medidos e comedidos... Onde é que eu vou parar? Em qual ponto de partida Ou de chegada o ônibus estará pronto a me teletransportar? Tá em vão lutar, pensar em uma causa... E raras vezes me pus a solucionar os erros... Não fiz quando disse que faria mudança, Não quis ajuda, recusei alianças Preferi ficar só com a minha esperança. E aos meus sacrifícios Eu preferi o holocausto. Lancei ao abutre a minha herança à serpente maligna a minha vingança e assim vou a caminho da próxima estação. Espero lá encontrar minha identidade minha perdição..

Meus versos das férias II

Mas eu sai   antes do sol   se por... E fui me arrastando pelas avenidas vendo o céu, o caminhar das pessoas por esta cidade fogosa de calor...

Minha Odisseia

(Venice - Monet) Há uma certa magia em voltar para a própria residência depois de um determinado período longe dela. Ou as coisas permanecem do mesmo jeito ou tudo mudou totalmente. Estará Penélope à minha espera? Estarão os meus inimigos armando planos? E as amizades, ainda permanecem sólidas? São tantas interrogações nesta passagem de rio. O retorno para o aconchego do lar é mágico desde aquele momento em que você decide voltar. E voltar pressupõe um retorno aquilo que nos fez feliz por um tempo. Minha Ítaca não tem águas ao seu redor, tem serras. Minha ilha não tem peixes, tem aves e animais selvagens. Meu filho Telêmaco agora usa drogas. Minha mulher não mais resiste aos corpos atléticos. Em quantas emboscadas eu fui imbuído: enfrentei monstros, humanos desumanos, porcos, ciclopes do futuro,  vi sereias e ninfas, velejei, enfrentei tempestades e por fim fui preso e ninguém me acolheu em palácios. Os tempos são outros, mas ainda continuo navegando em uma jang

Meus Versos] Calendário

Eu deveria ter publicado este poema no final do ano passado (2011). Mas acabei esquecendo. Devo informar que escrevi ele nas últimas noites do ano.  Calendário  findando  Preludio um novo tempo Com as minhas asas maiores E meus rastros deixados na trilha. Agora meus olhos enxergam o passado Com uma visão clínica Do quadro borrado Que eu não consegui concluir, Das escolhas e ações Desmedidas, Das palavras não ditas Das mesmas malditas Do vento que não as levou. Agora findo mais uma fase, Mais um curso do itinerário da vida Concluo mais um percurso. Chego ao pódio não como vencedor Mas como merecedor do troféu: Por que a guerra continua E não muda de cor... Continuará surgindo as mesmas sangrias As mesmas setas atacadas, E os mesmos soldados a enfrentar Vestidos agora com outra farda. Últimas páginas do calendário... O meu termômetro altera o grau Minha bússola perde o controle Meu relógio não mais alarma E eu permaneço a

[Meus Versos] Rio

Rio de tudo; Rio do mundo, Rio da vida, Rio dos fracassos, Rio das vitórias, Rio de mim Que sou Como um rio... riorio de Tudo: rio do Mundo, rio da Vida, rio dos fracassos.rio de mimque soucomo hum rio ...

[Versos Alheios] Rui Barbosa

"De tanto ver triunfar as nulidades De tanto ver prosperar a desonra; De tanto ver crescer a injustiça; De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, O Homem chega a desanimar-se da virtude, A rir-se da honra E a ter vergonha de ser honesto..." (Rui Barbosa - Político Brasileiro - 1849-1923)

[Meus Versos] Aranha Noturna

Olhando agora o meu relógio virtual, são exatamente 02:49 da madrugada. Olho para o céu e arrisco escrever uns versos que tenho na mente.  _________________________________________________ Eu agarro a trança noturna pra materializar meu desejo de por dentro de mim tudo o que há lá fora daquela janela do meu quarto... A noite me busca, me persegue Noite, noite! Noite veloz! P.S: (E o meu clichê a todos os que madrugam em prol da literatura: Boa noite #humanos!

[Ponto de Vista] A DROGA DA LITERATURA

Bebi Shakespeare. Porém, embriaguei-me com Kafka. Se literatura é uma droga, ela é uma das mais pesadas e das mais caras. Difere uma da outra nas consequências... Você não vai encontrar em qualquer toca de rua a boa literatura, onde você busca densidade e análise psicológica do ser humano. As outras drogas são de baixo preço, a boa literatura, NÃO! Eu vou em uma livraria e vejo aquelas obras que mais desejaria ter. Mas ao saber o preço, constato que livro em nosso país ainda é quase um artigo de luxo, ou melhor, uma droga ilícita... Queira lá que um dia ela venha a se tornar uma droga popular e acessível a todos os cidadãos....

[Meus Versos] Colheita

É tempo de colheita O sol já despontou O astro rei se retira do palco A dama donzela surge na abóbada azul. É nesta hora que recolho meus versos nos meus pensamentos lôbregos. E vivo meu escapismo Tão sacro, tão misantropo tão pudico e tão mortífero ao mesmo tempo. É tempo de colheita Tempo de semear também Semeio palavras que não condizem Com a minha ação virtuosa E vertiginosa Brinco na escuridão Ela não me apavora Ela me confronta Eu aceito o seu convite Para entregar-me em seus braços De aranha das trevas E assim provar do lado negro que há em meu ser.

[Ponto de Vista] RBD SEM CAUSA?

Depois de um certo tempo, você chega a conclusão de que saber ou estar informado e ter conhecimento dos fatos e dos acontecimentos históricos não é tão bom nem tão prazeroso como tenho a impressão. Como diz um amigo, "o ignorante" é bem mais tranquilo daquele informado sobre a veracidade dos fatos. Depois de um certo tempo você descobre o que o governo foi capaz de fazer para ganhar uma eleição: a corrupção e a compra de votos.  Você descobre por que determinado político perde uma eleição: ele era muito bom, muito honesto e pessoas assim estão fadadas porque o povo não quer gente honesta no poder. Que revoltante! Você descobre como o estado consegue tornar-se rico: cobrando impostos da classe desfavorecida. Você descobre como o estado consegue tornar-se pobre: algum governante desviou e/ou roubou verbas públicas.  Depois de algum tempo lendo e estudando você descobre que muitas verdades que a humanidade acreditou, foram forjadas por poderosos. E que muitos valo