Hoje vou publicar um poema que fiz em homenagem a um dos meus autores favoritos: o escritor tcheco Franz
Kafka, personalidade com a qual eu me identifico, sobretudo em sua obra maior
‘A Metamorfose’.
Eu sou uma barata
Eu acordei
Certa manhã
De sonhos intranquilos
E fui processado
Por sonhar demais
Levaram-me
Prenderam-me
Em um quarto escuro
Imundo...
Satisfiz-me
Com a companhia
Da barata.
Quando chegou o juízo final
Condenaram-me...
Incompreensível fiquei,
Suponho que seja
Por eu não ser humano
Por metamorfosear-me
Por parecer insano
Por denunciar o mundo
E suas mazelas
Junto ao uso do homem.
Uma máquina surgiu
Obtive forças
E escusei ajuda
Morri garoto
Morri sozinho
Morri barata...
Morri Kafka...
Morri Kafka...
Thi, essa coisa toda de se identificar com um autor é uma das coisas mais lindas do mundo. Ontem descobri que me identifico com o Murilo Rubião... cara, tô fascinada pelos contos dele. e aí está você demonstrando sua paixão por kafka... ainda não li nada dele, mas com certeza gostei do poema. tem um quê de intensidade. até suspirei no final! PARABÉNS! :)
ResponderExcluirLindo, lindo, lindo!! Adoro poemas!
ResponderExcluirdevoramoslivros.blogspot.com
Muito lindo esse poema!Você é um ótimo poeta!
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