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ANITA: UMA VIDA PELOS OLHOS DE OUTRO





          SINOPSE: "Neste romance repleto de beleza literária e cores realistas, tão chocante quanto maravilhoso, tão particular quanto universal, Thales Guaracy olha Anita pelos olhos de Giuseppe Garibaldi, a única pessoa que testemunhou por completo a vida da revolucionária. E, assim, desvenda e nos apresenta, com estilo único, pessoal e emocionante,a mulher que se atira sozinha sobre o exército inimigo; que corta os cabelos do marido por ciúme e o ameça com um par de pistolas; que abandona os próprios filhos entre os desconhecidos para atravessar um país conflagrado, escondida sob as cartas de um carro de correio, até uma cidade sitiada. E que aprendeu que "as causas perdidas são as mais certas", tornando-se uma das mais extraordinárias personagens da história, considerada " a heroína de dois mundos", a precursora e símbolo do feminismo, representação de mulher forte e independente. Ovacionada nas ruas pelo povo, ou no teatro pela fina flor da sociedade italiana; de arma em punho, ou prisioneira de guerra, grávida, febril e exangue, mas ainda altiva, Anita Garibaldi é sempre Anita: mãe, amante, revolucionária. A mulher que levou às últimas consequências o sentido do amor, do heroísmo e da própria vida."



        Neste romance, o jornalista Thales Guaracy revela informações sobre o casal de revolucionários Giuseppe e Anita Garibaldi. Através das memórias do homem podemos pincelar um retrato de quem foi a mulher, seus anseios, suas vontades, sua personalidade e importância para o movimento revolucionário.
     Neste romance, o jornalista Thales Guaracy revela informações sobre o casal de revolucionários Giuseppe e Anita Garibaldi. Através das memórias do homem podemos pincelar um retrato de quem foi a mulher, seus anseios, suas vontades, sua personalidade e importância para o movimento revolucionário.
     Nascida Ana Maria de Jesus Ribeiro, Anita assumiu o nome diferente no momento em que conheceu Giuseppe. Ansiosa por liberdade e independência via no nome um marco para a nova vida, como se estivesse adormecida, a espera do verdadeiro nome para despertar. Anita seguiu Giuseppe desde o primeiro momento. Para ela não existia diferença entre homem e mulher, na vida e na guerra todos eram iguais. Embora tenha sido educada para a vida doméstica, Anita sempre demonstrou pouco apreço por isso. Enquanto esposa e mãe, era perfeitamente capaz e sabia cumprir ambas as funções. Entretanto só era plena quando estava no combate, não era pessoa que se contentava em ser coadjuvante na história. Dizia que "para ser feliz é preciso ter liberdade; para ter liberdade, é preciso lutar"(p.50)
    Enquanto companheira de Giuseppe, o que mais chama atenção e causa admiração no relacionamento de ambos é a cumplicidade do casal. No amor e na guerra se tratavam como iguais e tinham muito respeito e admiração pelo outro. Anita era sonhadora e tinha ideias de justiça tanto quanto ele. Na presença dela e por causa dela, ele ganhava confiança e crescia. Nos momentos difíceis, Anita conseguia dar ânimo às tropas. 

      Se você gosta de história, vai ter grata surpresa com este livro. Acompanhamos de perto Giuseppe nos conflitos dos quais participou: desde à Revolução Farroupilha à Guerra da Independência Italiana. Ponto positivo para Guaracy que, embora tenha proposto um romance para falar sobre Anita, nos mostra em sua narrativa as aventuras e desventuras de Giuseppe. Dessa forma o romance não é apenas sobre ela, mas sobre ele também, tratados ora em suas individualidades, ora como uma unidade, casal pleno e forte.



Sobre o autor: nascido em 1964 no bairro da Liberdade, em São Paulo, é escritor, jornalista e editor. Trabalhou como repórter em jornais como Gazeta Mercantil e O Estado de São Paulo, além da revista  Exame. Foi repórter especial e editor de assuntos nacionais na Veja, participou ativamente do período de transição da ditadura militar para o regime democrático, ganhando um prêmio Esso de jornalismo político em 1989, pelo trabalho de sua equipe na cobertura da primeira eleição direta para a presidência do Brasil em 30 anos. 

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