Pular para o conteúdo principal

Sugestão de Leitura

Editora Pau Brasil, 2012, 96 páginas
Expulsão do Paraíso - Nilza Amaral
Três personagens buscam fugir de suas origens e o leitor pode descobrir que não existe saída, é impossível mudar o destino e a fatalidade. Severo percebe que sua ira contra Deus talvez não o leve a lugar algum. Joana Sabina quer se apaixonar e, como mulher, não será a ilha deserta capaz de dissuadi-la das ilusões amorosas. E Maura Lúcia, habitante da cidade, descobre paraísos imaginários. Irá buscá-los na sua ânsia de agradar ao ser amado. Se a ficção é um sonho, fornece a possibilidade de se realizar um desejo numa realidade que não terá maiores consequências – afinal é apenas uma história... “Nessa lógica, parece inevitável concluir que a capacidade humana de fazer ficção é consequência da sua faculdade de sonhar – que a construção de um espaço ficcional deriva da experiência onírica. Ou seja, a ficção existe porque o Escritor sonha. No entanto, essa afirmativa poderia implicar inúmeras outras formas de interação com a realidade”. No caso, o desejo da Autora é de que o leitor dialogue com as personagens e julgue a realidade ficcional que lhe parecer mais real.


Como a própria escritora disse em seu twitter, em Expulsão do paraíso ela faz a mesma análise partindo do existencialismo de Sartre.



Boa leitura!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

[Curiosidades] Xingamentos em um português culto

Se é pra xingar, vamos xingar com um português sofisticado. Aqui neste post você vai ler algumas palavras mais cultas e pouco usadas quando se quer proferir uma série de palavrões onde a criatura não entende patavina nenhuma. Antes, porém, de você aprender algumas palavrinhas, conheça esta historieta: Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal. Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus amados patos, disse-lhe:  - Oh, bucéfalo anácrono!Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga,...

Como fazer um livro artesanal em casa

Se você já teve aquela ideia de transformar um caderno de receitas em livro, ou ainda um diário, um bloco de anotações, siga estas instruções e veja como dar uma capa hardcover totalmente customizada a seu gosto. Abaixo, o tutorial passo a passo de como fazer uma maravilhoso livro artesanal. Método 1 de 2: Encadernação com Cola e Tecido 1  Escolha um material para a capa e corte duas peças idênticas. Para o seu primeiro livro, a cartolina é bem fácil de trabalhar. Uma vez que você já tenha pegado o jeito, poderá avançar para a madeira ou um tabuleiro. A capa precisa ser 6 cm mais larga e 1.25 cm mais longa que as páginas internas. Se você está usando papel de impressão, ele deve ter 22.25 x 29.25 cm. 2 Dobre seis folhas de papel pela metade. Depois, costure-as juntas no vinco, em um padrão de algarismo 8. Certifique-se de começar e terminar no mesmo ponto, e que o nó fique para dentro. Isto irá criar uma lombada de livro. 1/4" (.6 cm) é uma largura adequada. 3 Empilhe al...

[cartas famosas] Para Jenny von Westphalen, de Karl Marx

Conhecido no mundo inteiro como autor de "O Capital", Karl Marx demonstra nesta carta, com bastante pungência, o seu afeto pela sua companheira. É uma carta tão singela que chegamos a imaginar aquele senhorzinho de barbas longas e brancas beijando sua esposa da cabeça aos pés. _______________________ Manchester, 21 de Junho de 1865 Minha querida, Escrevo-te outra vez porque me sinto sozinho e porque me perturba ter um diálogo contigo na minha cabeça, sem que tu possas saber nada, ou ouvir, ou responder… A ausência temporária faz bem, porque a presença constante torna as coisas demasiado parecidas para que possam ser distinguidas. A proximidade diminui até as torres, enquanto as ninharias e os lugares comuns, ao perto, se tornam grandes. Os pequenos hábitos, que podem irritar fisicamente e assumir uma forma emocional, desaparecem quando o objecto imediato é removido do campo de visão. As grandes paixões, que pela proximidade assumem a forma da rotina mesqui...