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Livros para o inverno/verão 2013 (Versão II)



  Vamos às dicas de leitura para estes próximos meses que se aproximam.
Que tal começar por Histórias da Gravana, da escritora de São Tomé E Príncipe Olinda Beja? O livro lançado aqui no Brasil pela Escrituras, traz um tratamento sedutor à língua portuguesa, colorida aqui de vários termos africanizados presentes na cultura são-tomense, esta obra se propõe um retrato social em que, grosso modo, a figura feminina na região é quase sempre mãe trabalhadora com muitos filhos, deixada por homens que veem no acúmulo de "amores" uma forma de status. Repleto de detalhes sobre a exuberante Natureza da terra, e trazendo um pouco dos mitos que perambulam o imaginário do povo insular, este livro vem acompanhado de um elucidativo e didático prefácio de Zuleide Duarte, Professora-Doutora da Universidade Estadual da Paraíba, e do Professor-Doutor Salvato Trigo, Magnífico Reitor da Universidade do Porto.

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Para os aficionados em leitura A Arqueiro lança o Duque e eu, de Julia Quinn.

Simon Basset, recém-nomeado duque de Hastings, está prestes a pedir a mão de Daphne Bridgerton em casamento. Daphne é irmã de seu melhor amigo e quase uma solteirona, mas somente eles dois conhecem a verdade... Tudo não passa de um plano, com dois intuitos: proteger o charmoso duque dos avanços das moças solteiras e aumentar as chances de Daphne de conseguir um bom partido, depois de ter sido cortejada por um duque. 
No entanto, enquanto Daphne valsa pelo salão de baile nos braços de Simon, fica difícil se lembrar de que aquele romance é apenas uma encenação. Daphne não tem certeza se é o sorriso sedutor de Simon, ou se é o jeito como ele olha para ela, mas a verdade é que ela está se apaixonando... de verdade! E agora, ela precisa fazer o impossível para convencer o atraente duque de que o plano que ambos tão bem arquitetaram merece uma ligeira alteração, e que talvez os dois descubram que pode ser bem melhor e eficaz se a farsa se transformar em realidade...


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Já para os amantes de fotografia, há uma versão luxuosíssima de

Iconografia do Cangaço, organizado por Ricardo Albuquerque e publicado pela Terceiro Nome.
A história do cangaço ganhou o imaginário popular como poucos outros casos de revoltas populares na História do Brasil. Lampião, o grande responsável por tirar o movimento do sertão profundo e levá-lo para os jornais das grandes cidades, soube valer-se dessa grande i
nvenção que se popularizou no início do século XX: a fotografia.
Através dos registros fotográficos, feitos, num primeiro momento, por fotógrafos ocasionais espalhados pelo sertão e, depois, pelo libanês Benjamin Abrahão – autor da série mais significativa dessas imagens –, o cangaço ganhou as páginas dos jornais e a imaginação popular. Com as notícias, que se produziam ora enaltecendo os feitos de bravura, ora narrando enfaticamente a crueldade dos cangaceiros, as personagens dessa história foram se encorpando no imaginário do povo. Daí para as canções populares, os cordéis e as lendas sertanejas foi um pulo.
Este livro reúne mais de 150 dessas fotografias, revelando detalhes das vestimentas, do cotidiano, dos costumes e hábitos disso que se convencionou chamar de estética do cangaço. Além disso, traz um brinde ao leitor: o DVD "Lampião, o rei do cangaço", com as únicas imagens em movimento dos cangaceiros, produzidas por Benjamin Abrahão e agora numa nova montagem feita por Ricardo Albuquerque, que inclui 4 minutos inéditos, recuperados, em 2002, pela Cinemateca Brasileira.
Além das fotos e legendas explicativas, o livro traz textos assinados por Rubens Fernandes Junior, Moacir Assunção e Angelo Osmiro e telegramas inéditos do ataque a Mossoró, gentilmente cedidos pelo livreiro Maurício, do Sebo Baratos da Ribeira. O projeto gráfico é do premiado Delfin / Studio DelRey.

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Aos fãs da boa música brasileira, hoje eu INDICO (em caixa alta mesmo) o livro Aldir Blanc: resposta ao tempo Vida e letras do Luiz Fernando Vianna, numa edição primorosa da Casa da Palavra. E eu sugiro este livro não só por eu ser um fã de suas composições, mas porque realmente nós, como brasileiros, devemos conhecer a história desse artista.
Os 10 meses que levou para nascer podem ser considerados os únicos em que Aldir conheceu o marasmo. Logo na infância teve contato com o mundo da música, nascido e criado na zona norte, berço do samba no Rio de Janeiro. Formado em Medicina, encontrou nas letras a felicidade e o sucesso. Autor de romances e contos, colaborou no diário O Pasquim e fez grandes parcerias para escrever alguns dos maiores sucessos da história da Música Popular Brasileira, como “O bêbado e a equilibrista”, “Corsário”, “Dois pra lá, dois pra cá” e muitas outras.
Em Aldir Blanc: Resposta ao tempo, Luiz Fernando Vianna conta a história de um dos
maiores letristas da MPB, reunindo cerca de 450 composições de Aldir. Suas parcerias com nomes como João Bosco, Ivan Lins, Guinga e Moacyr Luz, entre outros, foram sucesso na voz de alguns dos maiores intérpretes brasileiros como Elis Regina e Danilo Caymmi. O livro ainda revela documentos e fotos que ajudam a retratar a vida pessoal e profi ssional deste grande nome da música brasileira.


No campo musical eu também indico o livro AC/DC - Rock’n’Roll ao Máximo - Murray Engleheart e Arnaud Durieux.
Há 150 milhões de álbuns, o AC/DC estava fazendo apresentações inesquecíveis no programa de televisão Countdown, da ABC Television – Bon Scott vestido de colegial endiabrado em uma ocasião, Angus Young com uma fantasia de gorila em outra. Desde então, a banda tem marcado os encontros sexuais, bebedeiras, brigas, casamentos, nascimentos, funerais, carros novos e tatuagens de, literalmente, milhões de pessoas de Bruxelas a Brisbane, de Montreal a Manchester, e de todas as cidades do entorno. Ele
s não apenas conseguiram superar a trágica morte de Bon, em 1980, mas, em uma ironia agridoce, a sorte e o status da banda foi às alturas em todo o mundo com seu substituto, Brian John¬son, e com o álbum Back In Black. O show do AC/DC não dá mostras de querer parar. Trata-se mais de uma instituição do que de uma banda de rock propriamente. Tente imaginar um mundo sem eles. Esta é a história definitiva da maior banda de Rock do mundo!
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Há também uma dica para os aventureiros que adoram viajar. O livro A morada dos deuses do jornalista Carlos Tramontina, publicado pela Sá Editora fala sobre isso. Confira a sinopse:
A viagem do repórter brasileiro Carlos Tramontina ao Himalaia, contada em detalhes, desde o surgimento da idéia até o surpreendente desfecho da aventura, onde as descobertas e reflexões do autor falam sobre a força do homem e o poder da natureza. Esta é a proposta do livro “A morada dos deuses – um repórter nas trilhas do Himalaia”, lançamento da Sá Editora, que narra a aventura em um tom acessível a todos os tipos de público, e não apenas ao especializado em expedições e escaladas.
O projeto gráfico do livro, assinado por Hélio e Thereza de Almeida, merece destaque especial. A obra, ricamente ilustrada, traz 32 págs. em papel couché, com fotografias coloridas das deslumbrantes paisagens do Nepal. São imagens que revelam os hábitos dos moradores da região, a cultura local, as cores e belezas dos lugares por onde passou o repórter, tornando o livro mais rico em detalhes para a apreciação do público.
A preparação do repórter, descrita no início da obra, demonstra o grau de dificuldade envolvido na empreitada. A viagem, no entanto, não é apenas um desafio enfrentado pelo autor, mas também uma experiência onde as reflexões pessoais se desenvolvem em torno do ser humano, do desejo de superação, da relação do homem com a natureza e do equilíbrio de suas forças.


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Na área de biografias cinematográficas, hoje eu sugiro a do ator Arnold Schwarzenegger, editado pela Sextante
A história de Arnold Schwarzenegger é única, intrigante e divertida. Se sua vida fosse transformada em filme, ninguém acreditaria que tudo o que ele viveu é verdade. Em 1947, quando nasceu, a fome assolava sua pequena cidade natal, na zona rural da Áustria. Filho de um rígido policial, desde pequeno ele sonhava em ir para os Estados Unidos e se tornar campeão de fisiculturismo e astro de cinema.Aos 18 anos, fugiu do exército para participar de sua primeira competição internacional e conquistou o título de campeão juvenil do Mister Europa, na Alemanha.Aos 21 anos, estava morando em Los Angeles e já havia sido coroado Mister Universo.Em 5 anos, aprendeu inglês e se tornou o maior fisiculturista de todos os tempos.Em 10 anos, já possuía diploma universitário e havia acumulado uma fortuna graças a seus negócios nos setores de construção civil, imóveis e fisiculturismo.Em 20 anos, tornou-se um dos maiores heróis de filmes de ação do mundo. Com a determinação e a ousadia que lhe renderam fama no esporte, consagrou-se também como astro de cinema.Trinta e seis anos depois de chegar aos Estados Unidos, elegeu-se governador da Califórnia, a sétima maior economia do mundo.Durante seus dois mandatos enfrentou crises orçamentárias, desastres naturais e muita agitação política, superando as divergências em prol do meio ambiente, da reforma eleitoral e das soluções bipartidárias.Foi casado por mais de 20 anos com a jornalista Maria Shriver — sobrinha do ex-presidente John Fitzgerald Kennedy —, com quem teve quatro filhos. Em 2011, quando veio à tona seu caso extraconjugal com uma empregada, o casal se separou, mas ele tentou a todo o custo manter sua família unida.Esta é a primeira vez que Arnold conta a história completa de sua vida, em suas próprias palavras. Você vai se surpreender com os bastidores de todos esses acontecimentos.

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O livro cult que eu aprovo para leitura é O espírito da coisa, de Liber Metteucci, o mesmo autor do estreante Sangue Bom, ambos publicados pela Prumo.

Quando um jornalista desempregado e em crise tem de arranjar um bico para sobreviver, acaba cruzando com um velho cego, cacha
ceiro, anarquista e amante dos livros que vai mudar a sua vida, pondo de pernas para o ar tudo o que ele pensa sobre si mesmo, o sexo, o amor, a ética, a religião, o consumismo, o trabalho assalariado, a propriedade privada, o Brasil e, acima de tudo, a literatura brasileira. Essa é a história de O espírito da coisa, um romance onde coisas muito estranhas acontecem e os vivos convivem com os "mortos", assim entre aspas porque é gente que não morre nunca, como José Saramago, Érico Veríssimo, Jorge Amado, Lima Barreto, João Cabral de Melo Neto, Monteiro Lobato, Mário de Andrade, Guimarães Rosa, Gonçalves Dias, Machado de Assis e outros grandes literatos que, ao menos desta vez, não aparecem como autores e sim como personagens. Por tudo o que eles ainda têm a dizer lá do além, este livro é recomendado para quem gosta de refletir sobre nosso tempo, nossa história, o futuro e o que a literatura tem a ver com tudo isso, num dos textos mais espirituosos, por assim dizer, já publicados nos últimos anos.

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Por fim, o bes seller do mês é A Pousada Rose Harbor, de Debbie Macomber, da Novo Conceito.
Jo Marie Rose decide comprar uma pequena pousada, como forma de superar a morte do marido. Mal sabe ela que as surpresas que a esperam nessa nova empreitada.
Seu primeiro hóspede é Joshua Weaver, que voltou para casa para cuidar de seu padrasto doente. Os dois nunca se conheceram pessoalmente e Joshua tem alguma esperança de que possam conciliar suas diferenças. No entanto, uma habilidade de Joshua há muito perdida prova que o perdão nunca está fora de alcance e que o amor pode florescer onde menos se espera.
A outra hóspede é Abby Kincaid, que retorna a Cedar Cove para comparecer ao casamento do irmão. De volta pela primeira vez em 20 anos, ela quase deseja não ter ido, devido às memórias trazidas pela pitoresca cidade. E conforme Abby se reconecta com sua família e seus velhos amigos, percebe que só pode seguir em frente se permitir-se verdadeiramente a isso.



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Então é isso, hoje sugeri dicas relacionadas a outras áreas das artes. Escolham o livro e boa leitura.
;)

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