Pular para o conteúdo principal

Livros para a estação Inverno-Verão [Agosto/2015]

Se tem uma coisa que não tá faltando é livro bom nas prateleiras e vitrines das livrarias do nosso país.Apesar de todas discussões, a prova é que bons títulos não nos faltam. Uma volta por qualquer livraria, por mais pequena que seja, notamos a diversidade de novos títulos e o surgimento de novas editoras que vão fazendo nome e sucesso entre leitores exigentes. Confira então os títulos desta estação.

________________.


UM ANO SOBRE O ALTIPLANO

Lussu narra um ano (1916-1917) da luta contra o exército austro-húngaro nas montanhas do norte da Itália, a partir de sua experiência como oficial do exército italiano.
Com um estilo direto e sucinto, mas nunca distante, o livro escancara a irracionalidade das decisões no front, e seu devastador impacto na vida dos combatentes. Não à toa a abordagem de Lussu centra-se no quotidiano dos soldados. Com sensibilidade e objetividade, o autor vai tecendo o drama e o destino de homens que, para seus superiores, pareciam descartáveis.


Darwin e a evolução explicada aos nossos netos - Pascal Picq

Pascal Picq retoma a trajetória de Charles Darwin para explicar a ainda hoje mal compreendida teoria da evolução. Em linguagem didática, em forma de diálogo com um suposto estudante, ele desvenda a concepção darwinista da evolução pela seleção natural, discorre sobre os fundamentos do criacionismo e aponta a impropriedade da escala natural, que continua ilustrando até manuais escolares em todo o planeta.
Salões de Paris - Proust

Antes de se tornar o autor consagrado de Em busca do tempo perdido, Marcel Proust, como tantos escritores de sua época, passou pelo jornalism o. Foi nos periódicos france
ses que publicou seus primeiros textos: crônicas em que descreve os salões parisienses – espécies de saraus literários e musicais, frequentados por aristocratas e gente da alta sociedade da época –, críticas de moda, arte e literatura, além de textos inspirados na atualidade política e até policial.
Salões de Paris traz uma seleção de 21 crônicas escritas por Proust e publicadas na imprensa francesa, principalmente no jornal Le Figaro, mas também em periódicos de curta duração como o Le Mensuel (que circulou entre outubro de 1890 e setembro de 1891) ou revistas especializadas, como a Revue d’Art Dramatique (1886-1909) ou a Revue Blanche (1889-1903).



OS RUSSOS - Vários Autores


A grandeza da Rússia se mede por muitas réguas diferentes. A da geografia, da história, da política, da guerra. Mas talvez nenhuma supere a da literatura. E em particular, a da literatura do século XIX, "que só gênios concebia", tomando assim ao pé da letra este verso de Pessoa – e que está aqui representada, em traduções diretas, por seus maiores nomes: Aleksandr Púchkin, Nikolai Gógol, Fiódor Dostoiévki, Liev Tolstói, Anton Tchekhov e Maksim Górki.Considerando que Tchekhov e Dostoiévski, particularmente, são doi s dos nomes mais influentes da literatura contemporânea (pois o conto e o romance modernos não existiriam sem eles), o que está aqui reunido, em Os russos, exclusividade da Livraria Cultura, afinal, não são somente os maiores nomes da literatura russa de seu período áureo, mas parte importante da literatura mundial de todos os tempos.


UNS BRASILEIROS - MÁRIO PRATA

Mario Prata ressuscita personagens célebres da história do Brasil e usa toda a s

ua irreverência para arrancar confissões íntimas de figuras como Aleijadinho, Tiradentes e Xica da Silva. 
Ao ler as entrevistas do livro, o leitor se pergunta: afinal, tudo isso foi inventado por Mario Prata? O autor nos garante que não: é tudo verdade, embora sua verve torne tudo mais surpreendente, engraçado e picante.
Dom Pedro I, a marquesa de Santos, Dom João VI contam tudo que o povo sempre quis saber e Mario Prata resolveu perguntar. Iça-Mirim, índio levado para a corte francesa, explica a origem da expressão “afogar o ganso”; Dom Casmurro (criação ficcional de Machado de Assis que o autor inclui entre os 
personagens históricos brasileiros), explica, afinal, quem traiu quem, e dona Maria, a louca, entre um cigarro (nem um pouco legalizado) e outro, conta sobre seu reinado.




Antologia da Poesia Erótica Brasileira - Organização Eliane Robert Moraes


Esta Anto
logia da Poesia Erótica Brasileira, fruto de rigorosa pesquisa, vem apresentar ao leitor as principais figuras de pensamento e formas de criação que compõem nossa lírica erótica desde o século XVII até os dias de hoje. Figuram nela poetas de épocas, estéticas e contextos bastante diversos – de Gregório de Matos a Hilda Hilst, de Gonçalves Dias a Carlos Drummond de Andrade, de Álvares de Azevedo a Ana Cristina César, de Olavo Bilac a Ferreira Gullar, entre muitos outros –, cujos versos se alternam entre a sensualidade meramente alusiva e a obscenidade mais provocante. Lado a lado, eles se reúnem aqui para dar voz a um excesso que é, antes de tudo, o da imaginação.



O FRÁGIL TOQUE DOS MUTILADOS - ALEX SENS

Passado ao longo de 28 dias numa pequena cidade litorânea, o romance conta a história de Magnólia, uma enóloga tão temperamental quanto enigmática, que visita o irmão e os sobrinhos após ter estado três anos distante. Voltar àquela casa de frente para o mar parece ser uma série de novos testes em sua vida: confrontar o passado, aceitar a nova situação do irmão viúvo, viver uma nova e arriscada paixão e ser a guardadora de um segredo que pode abalar toda a sua família. O frágil toque dos mutilados é um drama familiar sobre o reencontro de pessoas que tentam se explicar, se ajustar e se compreender através de seus sonhos e conflitos.




O Último Rei do Rock - Carlos Maltz


Como é viver à sombra de um mito? Ou, pior, de um legítimo rei do rock: John Lennon. Essa é a sina de Juan LMK, que pelos desígnios do acaso nasceu no mesmo dia, hora e hospital onde morria o gênio dos Beatles. Estamos em 2020, e a banda de Juan, a Paralelepípedos do Óbvio, está decadente e vive das migalhas que caem das mesas dos últimos fãs, quando Juan recebe um convite absurdo e inesperado: tornar-se o garoto propaganda de um novo produto que vai mudar a história da humanidade, o primeiro implante nano-neural para a expansão da inteligência. Juan tem a oportunidade de se tornar o que sempre sonhou em segredo: mais famoso do que John Lennon. Em sua estreia na ficção, o baterista e fundador da banda Engenheiros do Hawaii apresenta, com um olhar psicodélico, irônico e revolucionário, personagens forjados de duas matérias-primas distintas, ou “anjos com um diabo dentro”. Qual delas falará mais alto nesta odisseia do rock? Qual delas fará a diferença na sua vida?


E por fim, o aclamadíssimo O SOL É PARA TODOS, livro que dispensa apresentações e comentários e é muuito desejado pelos leitores. TÁ SUPER INDICADO (Em breve teremos resenha dele aqui no PL)




Boas leituras!
___________________________________

Fonte:
Site das editoras

http://editoramundareu.com.br/livro/um-ano-sobre-o-altiplano/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

[Curiosidades] Xingamentos em um português culto

Se é pra xingar, vamos xingar com um português sofisticado. Aqui neste post você vai ler algumas palavras mais cultas e pouco usadas quando se quer proferir uma série de palavrões onde a criatura não entende patavina nenhuma. Antes, porém, de você aprender algumas palavrinhas, conheça esta historieta: Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal. Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus amados patos, disse-lhe:  - Oh, bucéfalo anácrono!Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o

Resistência do amor em tempos sombrios

Terceiro e último livro de uma trilogia que a escritora gaúcha iniciou com A casa das sete mulheres, o volume Travessia encerra a Trilogia Farroupilha com um personagem que, no dizer da autora, é comum a toda a história: Garibaldi, este carismático personagem que aparece no início do primeiro livro, quando principia um amor platônico com a meiga Manuela, a filha do Bento Gonçalves. Mas como já acompanhamos nos volumes anteriores, a família da moça não compactua com o romance, impedindo, pois, o contato de ambos. Se no primeiro livro a escritora se atém a contar a história da família concomitante à Revolução Farroupilha, tendo como cenário a Estância da Barra, a casa na qual ficaram 7 mulheres da família de Bento Gonçalves, no segundo volume já temos como plano histórico a Guerra do Paraguai, além de mudar a perspectiva para o romance de Giuseppe e Anita, a mulher atemporal que provoca uma paixão no general e guerreiro italiano. Ana Maria de Jesus Ribeiro, ou Anita, sempre dava um

De Clarice Lispector para Tania Kaufmann

Conforme eu tinha anunciado ha meses, o blog Papos Literários divulgará com frequência uma série de cartas famosas do mundo da literatura ou da música. Hoje trago na íntegra a carta de uma das escritoras mais queiridinhas dos brasileiros, além de ser famigerada nestes tempos de facebook ee twitter. Confira a f amosa carta de Clarice para a sua irmã Tania Kaufmann. Clarice em sua árdua tarefa de escrever _____________________________________________ A Tania Kaufmann Berna, 6 janeiro 1948 Minha florzinha, Recebi sua carta desse estranho Bucsky, datada de 30 de dezembro. Como fiquei contente, minha irmãzinha, com certas frases suas. Não diga porém: descobri que ainda há certas frases suas. Não diga porém: descobri que ainda há muita coisa viva em mim. Mas não, minha querida ! Você está toda viva! Somente você tem levado uma vida irracional, uma vida que não parece com você. Tania, não pense que a pessoa tem tanta força assim a ponto de levar qualquer espécie de vida e continuar