Umberto Eco poderia em bem menos página contar a história de como três personagens resolvem por em prática um plano, mas aí o leitor perderia um leque de informações úteis para compreender melhor na história e nela adentrá-la. Umberto Eco foi ficcionista e um grande intelectual preocupado com a função artística, bem como o "fazer literário". Dessa forma, muito daquilo teorizado por ele em obras como "Interpretação e Superinterpretação", "Obra aberta" ou ainda "Lector in fábula", ele aplica em O Pêndulo de Foucault ( Il Pendolo di Foucault, Trad. Ivo Barroso, 672 páginas, R$ 58,00) as su as teorias. O livro aqui analisado foi lançado em 1988, sendo quase imediatamente traduzido para várias línguas e alcançando um enorme sucesso e influenciando uma geração de outros escritores, uma vez que o livro enveredou por uma linha de romances denominada policial místico-religioso, na qual também foi cultivada por Conan Doyle, Agatha Christie...